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Revolução no trabalho, estamos todos caminhando neste sentido?

07/08/2009

A segunda plenária do dia, que teve a ilustre presença de Bob Willard através de uma videoconferência, Fabian Echegaray (Market Analysis), Paulo Sergio Moçouçah (OIT Brasil), Luiz Eduardo Rubião (Chemtech) com a moderadora Roberta Cardoso da FGV falando sobre a Revolução no trabalho: empregos verdes e gestão de pessoas.

Seguramente a palestra de Bob Willard foi um espetáculo a parte. Autor de The Sustainability Advantage e The Next Sustainability Wave apresentou as mudanças dentro da esfera da empresa, com a iniciativa de ações sustentáveis. Tentando ser muito realista, a palestra foi repleta de dados, e o pilar para os demais dados foi que a maioria das empresas tem ao menos 66% de melhoria no lucro com sustentabilidade, ao longo de 5 anos. Porém, inúmeras empresas se focam na Ecoeficiência, mas é importante ressaltar que há áreas como a esfera social e econômica que não podem ser deixadas para trás.

Outro ponto refere-se a questão do recrutamento de recursos humanos. Uma companhia pode reduzir os custos, uma vez que as pessoas buscam companhias com boas reputações em relação a responsabilidade social e ambiental, querem trabalhar em empresas que possuam valores, e que permitam a seus funcionários se orgulharem.

Uma das conseqüências destas busca por empresas responsáveis, surge a necessidade e a exigência de criar áreas de voluntariado dentro das empresas, e são idéias que partem do público interno. Um estudo realizado demonstra que empresas que realizam trabalhos voluntários com seus funcionários, os funcionários tendem a ficar 3 vezes mais na empresa. Este fato de engajamento gera resultado tanto interno, quanto ao público que percebe a empresa.

Ou seja, como há muito tempo tem se falado, cada vez mais o público interno se torna parte da empresa, e exige da empresa, não são apenas os consumidores, é uma sinergia de

todos os stakeholders.

Neste ponto podemos relacionar com a palestra de  Fabian Echegaray, que retoma a necessidade da educação, mas com a empresa como agente pedagógico do individuo. E cada vez mais é incrível a situação do nosso país. No Brasil 9 em cada 10 funcionários dão apoio à proposta da empresa como canal pedagógico. No mundo esta taxa é de 80%. O Brasil está entre os países mais receptivos à idéia. Alem disso, funcionários recebem as informações sobre a área de responsabilidade social, e 68% acreditam que o que foi feito até agora não é o suficiente.

Estamos começando a caminhar em um sentido onde todas empresas buscam criar este âmbito de responsabilidade, engajamento de seus funcionários. Agora resta saber até quando isso será feito de forma consciente, ou será para seguir os demais?

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